sábado, 31 de maio de 2025

NIAGARA: MAIS QUE UMA UVA, UM SÍMBOLO DA IDENTIDADE DE JUNDIAÍ

 


Assista em https://www.youtube.com/watch?v=hOsrlAq9Nx0 o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


A uva Niagara tem uma história profundamente entrelaçada com o desenvolvimento agrícola da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. 

Sua introdução na região remonta ao final do século XIX, período marcado pela chegada de imigrantes italianos que buscavam novas oportunidades de vida e trabalho no Brasil.

Esses imigrantes, muitos deles vindos da região do Vêneto, trouxeram consigo um vasto conhecimento sobre vitivinicultura, além da esperança de reconstruírem suas vidas por meio do cultivo da terra.

Inicialmente, os imigrantes tentaram plantar variedades europeias de uva, como a Isabel e a Concord, mas enfrentaram dificuldades com o clima e o solo da região.

Foi então que, por volta de 1894, surgiu uma mutação espontânea da uva Concord — uma variedade americana — que daria origem à Niagara Branca nos anos 1930. Essa nova variedade se mostrou muito mais adaptada às condições brasileiras, tanto em produtividade quanto em resistência a doenças.

A uva Niagara logo se espalhou pelas propriedades rurais de Jundiaí, impulsionada pela dedicação e pela experiência dos colonos italianos. A fruta se destacou pelo sabor doce, aroma marcante e coloração esverdeada com leve tonalidade rosada, características que conquistaram o paladar dos consumidores.

A partir daí, Jundiaí passou a ser reconhecida nacionalmente como um importante polo de produção de uvas de mesa.

Hoje, a tradição da uva Niagara é celebrada anualmente na Festa da Uva de Jundiaí, evento que homenageia os pioneiros da viticultura local e exalta a importância dessa variedade para a identidade e economia da cidade.

Assim, a Niagara não é apenas uma fruta: é símbolo de uma herança cultural viva, passada de geração em geração.


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CINE OLIDO: UMA VIAGEM AO PASSADO



Assista em https://www.youtube.com/watch?v=IdHrK8ovZ1E o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir: 


O Cine Olido, inaugurado em 1957, é um marco na história cinematográfica de São Paulo e representa um espaço de grande relevância cultural. 

Situado na Avenida São João, tinha acesso através de uma galeria na Rua Sete de Abril, o que era uma característica notável para a época.

O projeto original do Cine Olido previa uma capacidade de 1450 lugares, posteriormente ajustada para cerca de 1300. Essa modificação visava otimizar a circulação do público.

A experiência no Cine Olido era aprimorada por um sistema de som avançado, que garantia uma clareza sonora e por uma tela com 16 metros de largura.

À frente da tela, um palco permitia a realização de shows e apresentações de orquestras, além das exibições cinematográficas.

As laterais da sala eram decoradas com arandelas monumentais, conferindo requinte ao local.

A inauguração do Cine Olido foi um evento significativo. Contou com a apresentação de uma orquestra sinfônica, que executou o tema principal do filme "Tarde Demais para Esquecer", que foi exibido na estreia. (https://www.youtube.com/watch?v=niSgCbUjhe0 - neste link estão algumas cenas do filme e a trilha sonora)

Para enriquecer a experiência pré-exibição, apresentações de piano e orquestra precediam os filmes.

O processo de acesso ao cinema era um ritual. Os ingressos eram vendidos antecipadamente com lugares numerados, o que eliminava filas e assegurava o lugar dos espectadores.

Ir ao cinema era um evento social, indo além da simples exibição de filmes. O Olido, portanto, não era apenas uma sala de projeção, mas um centro de arte e comunidade, um elemento histórico e cultural significativo nas memórias da cidade.

Sua estrutura e programação refletiam uma era em que o cinema era concebido como uma experiência imersiva e multifacetada, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social de São Paulo. 

Hoje o Olido faz parte do Circuito Spcine, que é a rede de salas de cinema da Prefeitura de São Paulo.


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terça-feira, 27 de maio de 2025

DOMINGO DO BOM PASTOR

 

O Domingo do Bom Pastor nos lembra do amor e cuidado de Jesus, que nos guia, como um pastor que conhece e consola suas ovelhas. 

Neste ano de 2025, o Dia das Mães é comemorado no mesmo domingo em que lembramos o Bom Pastor.

Assim como o Bom Pastor deu a vida por amor a todos nós, o amor de mãe reflete o amor divino.

E para nós, especificamente, este foi o domingo em que nosso pai encerrou sua jornada neste mundo para entrar na vida eterna, em 25 de abril de 2021.

A fé nos ensina que a morte não é o fim, mas o início de uma nova vida com Deus. 

Que a esperança do Bom Pastor, a memória do amor de nossos pais, nos fortaleçam, trazendo paz e a certeza do reencontro.

terça-feira, 20 de maio de 2025

SALA SÃO PAULO: UM TEMPLO DA MÚSICA NA CAPITAL PAULISTA


Assista em https://youtu.be/BVpCGbcJN38?si=9FfyEll4jyVQvXX7 o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


A Sala São Paulo, inaugurada em 1999, é um dos mais importantes espaços para a música erudita no Brasil.

Localizada no coração da cidade de São Paulo, a sala de concertos ocupa o antigo prédio da Estação Júlio Prestes, que foi completamente restaurado e adaptado para receber apresentações musicais de alto nível.

A arquitetura da Sala São Paulo impressiona pela beleza e funcionalidade. O projeto de restauração preservou elementos originais do prédio, como a fachada e a estrutura metálica, e os integrou a soluções modernas de acústica e conforto.

A sala principal, com capacidade para 1.484 espectadores, possui um sistema de acústica variável, que permite ajustar o som de acordo com o tipo de apresentação, seja uma orquestra sinfônica, um recital ou um concerto de música de câmara.

A Sala São Paulo é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), uma das mais prestigiadas orquestras da América Latina.

Sob a direção de renomados maestros, a OSESP realiza concertos ao longo de todo o ano, atraindo público de todas as partes do Brasil e do mundo.

A programação da orquestra abrange desde os clássicos da música erudita até obras de compositores contemporâneos, incluindo também apresentações de música brasileira.

Além dos concertos da OSESP, a Sala São Paulo recebe uma programação diversificada de eventos musicais, incluindo apresentações de outras orquestras, grupos de câmara, solistas e corais.

A sala também sedia festivais de música, workshops e eventos especiais, como uma série de concertos para crianças e jovens, que busca formar novas plateias para a música erudita.

A Sala São Paulo se consolidou como um renomado centro cultural da cidade, oferecendo não apenas concertos de alta qualidade, mas também visitas guiadas, palestras e outras atividades que promovem a música e a cultura.

Sua importância para a vida musical e cultural de São Paulo é inegável, contribuindo para a formação de público, o desenvolvimento de novos talentos e a valorização do patrimônio histórico e artístico da cidade.


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TAMANDUÁ-BANDEIRA: ESFORÇOS SÃO NECESSÁRIOS PARA GARANTIR A CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE

 

Assista em https://youtu.be/h6ymg7sdIz4?si=Zn9LbCaevEGtlosG  o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir: 


O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero nativo do Brasil, facilmente reconhecido por seu longo corpo, cauda peluda e focinho tubular bastante comprido. 

Ele se alimenta principalmente de formigas e cupins, desempenhando um papel muito importante no controle dessas populações.

Tem como carcterísticas, língua longa e pegajosa, essencial para capturar insetos, garras fortes para abrir os ninhos de formigueiros e cupinzeiros e olfato apurado que ajuda muito na localização dos formigueiros e cupinzeiros. É também um animal de hábitos diurnos e solitário.

O tamanduá-bandeira pode medir até dois metros de comprimento e possui uma pelagem que varia do cinza ao marrom-escuro.

Para se proteger de predadores como onças-pintadas e lobos-guarás, o tamanduá-bandeira pode se erguer sobre as patas traseiras e usar suas garras para se defender.

A reprodução do tamanduá-bandeira é lenta, com a fêmea geralmente dando à luz a um único filhote por vez. O filhote permanece agarrado às costas da mãe por vários meses.

Esses animais são encontrados em diversos biomas brasileiros, incluindo o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal, e também em outras partes das Américas Central e do Sul.

O tamanduá-bandeira enfrenta várias ameaças, incluindo a perda de habitat devido à expansão agrícola e urbanização, atropelamentos em rodovias e caça.

A União Internacional para Conservação da Natureza o classifica como "vulnerável".

Esforços de conservação são, portanto, fundamentais para garantir a sobrevivência desta espécie.


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domingo, 11 de maio de 2025

SARUÊ, O MARSUPIAL BRASILEIRO

Assista em https://youtu.be/hmZNd_IuUR0?si=o-T6zpuGHVStDMFR o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir: 


O saruê, também conhecido como gambá-de-orelha-preta, sariguê, micurê, mucura ou timbu, é um marsupial encontrado no Brasil, Argentina e Paraguai. 

Lembramos que marsupial é um mamífero cujas fêmeas possuem uma bolsa, chamada marsúpio, onde os filhotes se desenvolvem após o nascimento, assim como Canguru.

Saruê é uma das maiores espécies de marsupiais do Brasil, com comprimento corporal de cerca de 37 cm e cauda de 33 cm. Pesa entre 1,3 e 1,5 kg, e as fêmeas são ligeiramente menores. Sua coloração é cinza ou preta, com pelos de pontas brancas e três estrias escuras no rosto.

As fêmeas possuem marsúpio com cerca de nove mamilos. O animal possui uma glândula que exala odor desagradável quando se sente ameaçado.

Eles têm hábitos noturnos e podem ser encontrados em diversas áreas, desde centros urbanos até matas ciliares e cerrados.

Apesar de sua semelhança com ratos, possuem características distintas, como o marsúpio nas fêmeas e a cauda preênsil, que lhes permitem subir em árvores com facilidade.

São onívoros, alimentando-se de frutas, insetos, pequenos vertebrados e restos de alimentos. Essa adaptabilidade contribui para sua ampla distribuição.

Os saruês desempenham papéis ecológicos importantes, como a dispersão de sementes e o controle de pragas.

Apesar de sua importância ecológica, os saruês são frequentemente perseguidos e maltratados, especialmente em áreas urbanas, devido ao medo e à desinformação, pois muitas vezes são confundidos com ratazanas.

É fundamental conscientizar a população sobre a importância desses animais para o equilíbrio ambiental, a fim de garantir sua conservação e promover a coexistência harmoniosa entre humanos e fauna silvestre e enfatizar que os saruês são protegidos por lei.


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