Assista em https://www.youtube.com/watch?v=hOsrlAq9Nx0 o vídeo produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:
A uva Niagara tem uma história profundamente entrelaçada com o desenvolvimento agrícola da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo.
Sua introdução na região remonta ao final do século XIX, período marcado pela chegada de imigrantes italianos que buscavam novas oportunidades de vida e trabalho no Brasil.
Esses imigrantes, muitos deles vindos da região do Vêneto, trouxeram consigo um vasto conhecimento sobre vitivinicultura, além da esperança de reconstruírem suas vidas por meio do cultivo da terra.
Inicialmente, os imigrantes tentaram plantar variedades europeias de uva, como a Isabel e a Concord, mas enfrentaram dificuldades com o clima e o solo da região.
Foi então que, por volta de 1894, surgiu uma mutação espontânea da uva Concord — uma variedade americana — que daria origem à Niagara Branca nos anos 1930. Essa nova variedade se mostrou muito mais adaptada às condições brasileiras, tanto em produtividade quanto em resistência a doenças.
A uva Niagara logo se espalhou pelas propriedades rurais de Jundiaí, impulsionada pela dedicação e pela experiência dos colonos italianos. A fruta se destacou pelo sabor doce, aroma marcante e coloração esverdeada com leve tonalidade rosada, características que conquistaram o paladar dos consumidores.
A partir daí, Jundiaí passou a ser reconhecida nacionalmente como um importante polo de produção de uvas de mesa.
Hoje, a tradição da uva Niagara é celebrada anualmente na Festa da Uva de Jundiaí, evento que homenageia os pioneiros da viticultura local e exalta a importância dessa variedade para a identidade e economia da cidade.
Assim, a Niagara não é apenas uma fruta: é símbolo de uma herança cultural viva, passada de geração em geração.
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