terça-feira, 11 de novembro de 2025

FIGOS RAMY CICA: DOCE LEMBRANÇA DE UMA ÉPOCA INESQUECÍVEL

Assista em https://www.youtube.com/watch?v=HG-o71jQeu0 o vídeo completo e em a versão reduzida, https://www.youtube.com/shorts/P7So1Iw-SrQ  produzidos para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


Os Figos Ramy, produzidos pela CICA desde 1945, tornaram-se um doce querido pelos brasileiros até deixados de serem fabricados em 1986.

Eram figos roxos maduros e firmes, transformados em passas carnudas, mergulhadas em calda espessa, vendidos em latas de 600 gramas.

Produzidos apenas entre janeiro e março, chegaram a 300 mil latas anuais. Degustavam-se puros ou com creme de leite,  sorvete etc. 

O pintor Di Cavalcanti, nos anos 1960, servia os figos com fatias de laranja para “quebrar a doçura”.

O nome “Ramy” veio de Vila Rami, bairro de Jundiaí onde havia uma fazenda com figueiras e cultivo de rami.

O fundador da CICA, o siciliano Antonino Messina, encantou-se com os figos secos preparados por um funcionário da fazenda, Carlo, e decidiu industrializá-los com a ajuda de um confeiteiro italiano, Magnani.

O trio criou um processo demorado e artesanal, que resultava em um doce de sabor inigualável, exportado até para a Escandinávia. 

Segundo Salvador Messina Neto, último vice-presidente da CICA, o doce deixou de ser produzido por causa do alto custo.

Hoje, há inúmeras cópias do Figo Ramy, mas que não conseguem se igualar ao original.

Com um toque de nostalgia, pode-se dizer que, quem provou, levou consigo o sabor de um tempo que não volta; quem não provou, perdeu o doce segredo que o tempo guardou.


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FARENHEIT 451: O FOGO DA IGNORÂNCIA

Assista em https://youtu.be/DMogjKTmObk?si=_gx5C5F_Msgejcpm o vídeo complet   produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:

Publicado em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, é uma distopia que reflete os temores e tensões da Guerra Fria: censura, vigilância estatal e manipulação ideológica.

Em meio à radicalização política e ao avanço dos meios de comunicação, o autor denuncia uma sociedade que renuncia ao pensamento crítico em troca da segurança e do entretenimento superficial.

Preocupado com o poder crescente da televisão e a perda do hábito da leitura, Bradbury constrói uma alegoria sobre o perigo da ignorância coletiva.

O protagonista, Guy Montag, é um bombeiro encarregado de queimar livros, símbolos de liberdade e reflexão. Sua trajetória, do conformismo à consciência crítica, representa a luta humana pela autonomia intelectual.

Ao descobrir o valor dos livros, Montag passa a lê-los secretamente e, perseguido, foge para o campo, onde encontra “homens-livros” exilados que decoram obras para preservá-las em um mundo onde os livros impressos são proibidos.

Ao lado deles, ele vislumbra um futuro no qual o conhecimento possa renascer, após ver sua cidade destruída por uma guerra nuclear.

A sociedade retratada vive anestesiada, incapaz de dialogar, envolta por telas e ruídos que substituem o silêncio necessário à reflexão. Assim, a fogueira que consome os livros simboliza a destruição do conhecimento e da própria humanidade.

Hoje, o alerta de Bradbury permanece atual: o “fogo” assume novas formas: desinformação, censura digital, polarização e consumo acrítico nas redes sociais.

A cultura da rapidez e da distração fragmenta o pensamento e cria uma alienação tão eficaz quanto a do Estado opressor descrito no romance.

Ao mostrar uma sociedade que se perde ao abandonar os livros e o pensamento livre, Fahrenheit 451 reafirma a leitura, a educação e a consciência crítica como pilares da verdadeira liberdade.

Como curiosidade, o título faz alusão à temperatura em que o papel queima: 451° F, que equivale a 233 °C —, metáfora do momento em que o conhecimento é destruído.


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sábado, 8 de novembro de 2025

VERA RUBIN E GRACE HOPPER: QUANDO O BRILHO DAS MULHERES MOVE O MUNDO

 


Assista  em https://youtu.be/kfZqBeT7oVM?si=uAdc5rLzoFEhhY37   o vídeo completo e em https://youtube.com/shorts/XY8tJUZYj-Q?si=4ecw2pyJfX_T4ao8 a versão reduzida, produzidos  para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


A Nvidia, maior empresa do mundo em valor de mercado, fabrica chips e componentes essenciais à indústria de computadores, valendo mais de 5 trilhões de dólares.

Recentemente, seu CEO Jensen Huang apresentou ao vivo o novo superchip voltado à inteligência artificial e à computação de alto desempenho, batizado de Vera Rubin, em tributo a uma mulher que iluminou os mistérios do cosmos.

Como nos próximos tempos ouviremos falar muito desse produto, convém lembrar quem foi Vera Rubin.

Nascida em 1928, Vera Florence Cooper Rubin foi uma astrônoma brilhante, formada pelo Vassar College, tendo mestrado pela Universidade Cornell e doutorado pela Universidade de Georgetown, onde também lecionou.

Na década de 1970, ao lado de Kent Ford, revelou ao mundo a existência da matéria escura, substância que compõe cerca de 85% do universo. Essa descoberta transformou a compreensão do cosmos, ainda que não lhe tenha rendido o Nobel, lacuna amplamente lamentada.

Em vida, recebeu inúmeras honrarias, e um dos maiores observatórios do planeta, no Chile, leva seu nome.

Rubin faleceu em 2016, aos 88 anos, e é a segunda cientista homenageada pela Nvidia, após Grace Hopper, pioneira da computação.

Hopper, nascida em 1906, almirante da Marinha dos Estados Unidos, foi responsável por desenvolver as primeiras linguagens de programação, lançando as bases da era digital.

É inspirador ver que mulheres que dedicaram sua vida à ciência e à tecnologia têm, finalmente, seu valor reconhecido em criações que moldam o futuro.


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terça-feira, 28 de outubro de 2025

A REVOLUÇÃO DAS HAVAIANAS

Texto publicado em 29/10/2025  pela Radio Shiga, Japão, disponível em: https://www.wp.radioshiga.com/2025/10/a-revolucao-das-havaianas/

Ouça em https://youtu.be/F5E6W9q70qc?si=XMvORtfdIM5BCqn9  o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:

Mais do que um simples chinelo de borracha, as Havaianas são praticamente um “personagem” da cultura brasileira. 

Criadas em 1962 pela São Paulo Alpargatas, foram inspiradas nas sandálias japonesas Zori, feitas de palha de arroz; daí o famoso padrão de “grãos de arroz” na palmilha. 

O primeiro modelo era azul e branco, simples e barato, o calçado oficial da classe trabalhadora. Minha mãe foi uma das primeiras a usá-las, mas jamais para sair de casa;  somente para lavar a cozinha, porque não escorregava.

O sucesso foi tanto que, nos anos 1980, as Havaianas foram parar até na cesta básica!

Isso mesmo: um produto tão essencial quanto o arroz e o feijão, com preço tabelado pelo governo. 

O slogan da época dizia tudo: “As legítimas: não deformam, não soltam as tiras e não têm cheiro.”

Mas eis que chegam os anos 1990, e o chinelo humilde ganha status. A revolução começou nos pés dos surfistas, que viravam as solas para mostrar o lado colorido — e a Alpargatas, aproveitando a ideia, lançou a linha Havaianas Top, colorida e estilosa. 

O golpe de mestre veio em 1998, com o modelo Havaianas Brasil, que trazia a bandeira nacional nas tiras, surfando o clima da Copa do Mundo. 

O time perdeu, mas o chinelo venceu: virou símbolo de moda, de brasilidade e de bom humor exportado.

Hoje, com mais de 60 anos de história e presença em mais de 100 países, as Havaianas se tornaram um símbolo de design e marketing, unindo ricos e pobres sob o lema “Todo mundo usa.”

E pra encerrar, uma história real digna de podcast: uma intercambista do Rotary Club de Jundiaí, oriunda da cidade canadense de Kamloops, Reid Brodie, apaixonada pelas sandálias, se casou em 2008 usando Havaianas e ainda distribuiu 100 pares no casamento! 

O resultado? Um verdadeiro frenezi internacional de borracha e alegria. 

Afinal, Havaianas são assim: simples, confortáveis e, acima de tudo, genuinamente brasileiras.



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terça-feira, 21 de outubro de 2025

CHIQUINHA GONZAGA, UMA MULHER À FRENTE DE SEU TEMPO


Chiquinha Gonzaga, uma mulher à frente de seu tempo

Elisabete Panssonatto Breternitz (*)

Chiquinha Gonzaga, nascida Francisca Edviges Neves Gonzaga, veio ao mundo no Rio de Janeiro em 1847 e faleceu na mesma cidade em 1935.

Pianista, compositora, instrumentista e maestrina, tornou-se uma das figuras mais marcantes da música brasileira. Foi a primeira pianista chorona, isto é, musicista de choro, gênero que se consolidava como expressão da cultura popular urbana.

Em 1899, compôs a primeira marchinha carnavalesca com letra, a célebre Ó Abre Alas, que permanece viva no imaginário coletivo. Além disso, foi pioneira ao se tornar a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, quebrando barreiras de gênero em um espaço historicamente restrito aos homens.

No cenário musical do século XIX, dominado por valsas, polcas e tangos entre as elites, Chiquinha ousou aproximar o piano das sonoridades populares, traduzindo em suas composições a diversidade cultural do país. Essa adaptação não apenas lhe trouxe reconhecimento, mas também a consolidou como a primeira compositora popular do Brasil.

Sua trajetória esteve igualmente marcada pelo ativismo: foi defensora incansável dos direitos autorais de músicos e dramaturgos, papel que a levou a fundar a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, instituição que permanece como referência até hoje.

Sua história ultrapassa a música. No Passeio Público do Rio de Janeiro, uma estátua, esculpida por Honório Peçanha, perpetua sua memória. Em 2012, homenageando sua contribuição à cultura nacional, foi instituído o Dia da Música Popular Brasileira, celebrado em 17 de outubro, data de seu nascimento.

Chiquinha Gonzaga deixou um repertório vasto, que continua a encantar gerações e a inspirar artistas de diferentes épocas, entre eles nomes consagrados como Elis Regina, Chico Buarque e Caetano Veloso.

Sua vida e obra são marcos da cultura, da criatividade e da luta por igualdade no universo artístico brasileiro.

(*) Elisabete P. Breternitz, especialista em Língua Inglesa pela UNESP, é professora e membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí – AFLAJ – betenitz@gmail.com


Recanto das Letras - MINHA PRIMEIRA EUCARISTIA: UM DIA INESQUECÍVEL


Texto publicado no site do Recanto das Letras.


Em 21 de outubro de 1962, fiz a minha Primeira Comunhão na Matriz da Imaculada Conceição, no bairro de Vila Arens (Jundiaí), com a condução do vigário Padre Alberto Betke.

Lembro-me com grande alegria e emoção do momento em que recebi Jesus na Hóstia Santa pela primeira vez.

O vestido de laise que usei para a ocasião foi confeccionado com carinho por minha mãe, Teresinha Panssonatto, e minha avó e Madrinha, Maria Agnolon Gobbi.

A celebração da tarde foi marcada por um lanche especial, que incluiu bolo recheado e sorvete, ambos de ameixa.

Naquele ano, 1962, vivíamos tempos difíceis com escassez de produtos básicos no comércio local. Por isso, minha mãe dirigiu-se à Venda do Sesi para conseguir um pouco de trigo, necessário para fazer o meu bolo.

Eram tempos desafiadores, mas que guardo na memória com muita felicidade.

​Em todos os momentos, renovo minha gratidão a Deus pelas inúmeras graças e bênçãos recebidas ao longo de toda a minha vida.

Agradeço por me manter firme na fé, uma herança preciosa que recebi de minhas bisavós, Marieta Gobbi e Catarina Agnolon, de minha avó e Madrinha, Maria Agnolon Gobbi, e de minha mãe.

Meu pedido a Jesus é que me conceda a graça de perseverar e aumentar a minha fé até o fim da minha vida.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Recanto das Letras e Radio Shiga - DIA DO PROFESSOR: POR QUE COMEMORAMOS EM 15 DE OUTUBRO?




Ouça em https://youtu.be/J4I2WM7wiyM?si=Ov5vrrMVZqOCx170 o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


Todo ano, no dia 15 de outubro, o Brasil inteiro homenageia quem dedica a vida a ensinar: o professor.

Mas você já se perguntou por que essa data foi escolhida? A resposta vem lá do Brasil Imperial, há quase 200 anos!

Em 15 de outubro de 1827, o imperador Dom Pedro I assinou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no país — o que hoje chamamos de ensino fundamental.

O decreto dizia que todas as cidades, vilas e povoados deveriam ter suas escolas de primeiras letras. Mesmo sendo uma ideia inovadora, demorou muito para sair do papel.

Ainda assim, marcou o início da educação pública brasileira e inspirou o futuro Dia do Professor.

A comemoração do Dia do Professor, como conhecemos hoje, começou 120 anos depois, em 1947, na cidade de São Paulo.

Naquele tempo, o segundo semestre escolar era extenso: começava em 1º de junho e só terminava em 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias.

Então, quatro professores do Ginásio Caetano de Campos, situado na Rua Augusta, em São Paulo, liderados por Salomão Becker, resolveram fazer uma pausa para descansar e refletir sobre o ensino.

Becker sugeriu que o encontro fosse no dia 15 de outubro, em homenagem ao antigo decreto de Dom Pedro I.

A ideia deu tão certo que alunos e professores levaram doces de casa e fizeram uma pequena confraternização.

Durante o evento, Becker disse uma frase que se tornaria famosa e que até hoje inspira os educadores: “Professor é profissão. Educador é missão.”

O sucesso da iniciativa foi tão grande que, no ano seguinte, outras escolas começaram a celebrar a data. Aos poucos, o Dia do Professor se espalhou por todo o país.

Em 1963, o governo federal oficializou a data com um decreto, que transformou o 15 de outubro em um feriado escolar nacional.

O decreto também determinou que as escolas promovessem solenidades e homenagens aos professores, com a participação dos alunos e das famílias.

O Dia do Professor é uma data para celebrar e agradecer a todos que dedicam a vida a ensinar, inspirar e transformar realidades.

Mais do que um simples feriado, é um momento de refletir sobre a importância da educação e o papel essencial dos professores na construção de um país melhor.

Que neste 15 de outubro, celebremos muito mais do que uma profissão; celebremos uma missão de vida.

Ser professor é ensinar com o coração, é acreditar no potencial de cada aluno e transformar o futuro através do conhecimento.

Afinal, como dizia o professor Salomão Becker: “Professor é a profissão que forma todas as outras.”

Parabéns, professores! Vocês são os verdadeiros arquitetos dos sonhos e do amanhã.


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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

GRANADO: 150 ANOS DE TRADIÇÃO


Ouça em  o áudio https://youtu.be/ENb7EAW89iI?si=YQ26DOZlQmQTdBqW  produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


A Granado, a botica mais tradicional do Brasil, é mais do que uma marca, é um símbolo da história, da ciência e da identidade nacional.

Fundada em 1870, no Rio de Janeiro, por José Antonio Coxito Granado, a empresa nasceu do sonho de um imigrante português que acreditava no poder da natureza e no valor da dedicação ao trabalho.

Desde então, a Granado se tornou parte da memória afetiva dos brasileiros, atravessando gerações com seus produtos de qualidade e compromisso com a sustentabilidade.

Quando Granado chegou ao Rio de Janeiro, em 1860, a cidade ainda enfrentava graves problemas de higiene e surtos de doenças como varíola e febre-amarela.

Atento às necessidades da população, ele começou a manipular medicamentos e cosméticos com plantas medicinais cultivadas em sua chácara em Teresópolis. 

Foi nesse contexto que nasceu a Pharmácia Granado, oficialmente inaugurada em 6 de janeiro de 1870.

A qualidade dos produtos logo chamou a atenção das famílias cariocas — inclusive da Família Imperial, que concedeu à botica o título de Pharmácia Oficial da Corte.

Entre os produtos mais antigos, estão o Polvilho Antisséptico, criado em 1903 e aprovado por Oswaldo Cruz, e o Sabonete de Glicerina, produzido desde 1915 e reformulado em 1998, tornando-se o primeiro sabonete vegetal do país.

Com o passar dos anos, a Granado se modernizou sem perder sua essência. Em 1994, o inglês Christopher Freeman assumiu a empresa, introduzindo inovações tecnológicas e novas estratégias de marketing, mantendo o cuidado artesanal e a tradição que tornaram a marca tão respeitada.

Em 2004, a Granado incorporou a perfumaria Phebo, unindo duas grandes histórias da cosmética nacional.

Hoje, com mais de 150 anos de existência, a Granado representa um patrimônio brasileiro que combina tradição, ciência e modernidade. Suas lojas espalhadas pelo Brasil e também em Portugal e França preservam a memória da marca.

Mais do que uma empresa, a Granado segue reunindo tradição e inovação, mantendo uma herança cultural que continua a perfumar e cuidar do Brasil com a mesma dedicação de seu fundador.


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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Recanto das Letras - 04/10/2025 - BILL HALEY NO BRASIL

 


Em abril de 1958, o público brasileiro viu um astro de rock, ao vivo, pela primeira vez. E não era qualquer um, mas simplesmente Bill Haley e seus Cometas, um dos pais do rock, ritmo que começava a ganhar popularidade na época.

Bill e seu conjunto ficaram mundialmente famosos pelas aparições nos filmes 'Sementes de Violência' de 1955 e 'Ao Balanço das Horas', de 1956, também conhecido por 'Rock Around the Clock', a canção que muitos dizem ter lançado o rock no mundo.

A série de oito apresentações em São Paulo aconteceu no Teatro Paramount, na avenida Brigadeiro Luiz Antonio e na boate Oasis, em plena Praça da República. Com ampla divulgação na imprensa, as apresentações contaram com a participação de artistas brasileiros da época, como Pagano Sobrinho, William Forneaut, a banda ‘The Crazys' e oito casais de bailarinos. O show foi apresentado por Blota Junior.

A proeza de trazer um astro de primeira grandeza, que se encontrava no auge, foi da Rádio e TV Record, que transmitiu algumas das apresentações.

Fotos da época mostram uma multidão recebendo Bill Haley e seus Cometas no aeroporto de Congonhas.


ELISABETE PANSSONATTO BRETERNITZ
Enviado por ELISABETE PANSSONATTO BRETERNITZ em 04/10/2025

Publicado em 04 10 2025 no Recanto das Letras, disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-cultura/8450171

terça-feira, 30 de setembro de 2025

OSWALDO CRUZ, O SANITARISTA QUE TRANSFORMOU A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

 






Ouça em https://youtu.be/4qjcQw76xd0?si=qZ2pB6x3FTsTfxMj o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


Em tempos pós-pandemia, quando aumentam as vozes contrárias às vacinas, é essencial recordar a trajetória de Oswaldo Gonçalves Cruz (1872-1917), médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro, considerado um dos pais da saúde pública no país.

Nascido em São Luiz do Paraitinga, mudou-se jovem para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Faculdade de Medicina aos 15 anos, formando-se em 1892 com estudos pioneiros em microbiologia. 

Entre 1897 e 1899, aperfeiçoou-se no Instituto Pasteur, em Paris, aprofundando conhecimentos em imunologia e soroterapia.

De volta ao Brasil, assumiu papel decisivo no combate às epidemias. Como diretor do Instituto Soroterápico Federal, posteriormente transformado em Instituto Oswaldo Cruz, hoje a internacionalmente respeitada Fundação Oswaldo Cruz, (Fiocruz), coordenou a produção de soros e vacinas e estruturou pesquisas fundamentais para a saúde pública.

Em 1903, foi nomeado diretor da Diretoria-Geral de Saúde Pública, de onde comandou campanhas contra febre amarela, peste bubônica e varíola.

Suas medidas sanitárias incluíam o isolamento de doentes, a eliminação de vetores e a vacinação em massa. 

A obrigatoriedade da vacina contra a varíola desencadeou forte reação popular, culminando na Revolta da Vacina (1904).

Apesar das críticas, sua persistência trouxe resultados: a febre amarela foi erradicada no Rio de Janeiro em 1907, e a população, diante de novos surtos, passou a procurar espontaneamente a imunização.

O reconhecimento internacional veio no mesmo ano, quando recebeu medalha de ouro no Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, pelo saneamento da capital brasileira.

Sua dedicação também se estendeu à malária e a outras doenças tropicais, deixando uma herança de caráter científico e institucional que culminou na criação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência mundial em saúde até hoje.

A obra de Oswaldo Cruz comprova que, embora sempre tenham existido opositores às vacinas, a ciência e a imunização permanecem como os mais poderosos instrumentos de proteção da vida e de avanço da saúde pública.


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A NOVIÇA REBELDE: MÚSICA, CORAGEM E AMOR EM UM CLÁSSICO ETERNO

 

Ouça em https://youtu.be/dqaygiMjWxc?si=bVd70Rlyo2Klw2lC o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir: 


A Noviça Rebelde (The Sound of Music, 1965), dirigido por Robert Wise e estrelado por Julie Andrews e Christopher Plummer, é um dos musicais mais icônicos da história do cinema. 

Baseado no livro de memórias The Story of the Trapp Family Singers, de Maria von Trapp, e adaptado do musical da Broadway de 1959, o filme combina drama, romance, comédia e música em uma narrativa que atravessa gerações.

A trama, ambientada em 1938, acompanha Maria, uma jovem noviça de Salzburgo que, incapaz de seguir as rígidas regras do convento, é enviada como governanta para os sete filhos do capitão viúvo Georg von Trapp.

No início, enfrenta resistência das crianças e do próprio capitão, mas sua alegria, espontaneidade e paixão pela música transformam o ambiente familiar. 

Aos poucos, ela conquista o carinho dos filhos, rompe a rigidez militar da casa e desperta no capitão sentimentos que levam os dois a se apaixonarem. 

Georg chega a romper seu noivado com a baronesa Elsa Schraeder para casar-se com Maria.

O encantamento do filme não está apenas nas canções icônicas — Do-Re-Mi, My Favorite Things, Edelweiss — mas também na forma como a música é mostrada como elo de  esperança e resistência. 

Essa dimensão ganha ainda mais força quando a Áustria é anexada pelo regime nazista. Convocado para servir na marinha alemã, Georg decide fugir com a família. 

Em uma das sequências mais emocionantes, eles atravessam as montanhas ao som de Climb Ev’ry Mountain, simbolizando coragem e fé.

Embora romantizado, o enredo é inspirado em fatos reais: Maria von Trapp existiu, tornou-se esposa de Georg e, com os filhos, formou o grupo “Trapp Family Singers”, que se apresentou internacionalmente após deixar a Áustria.

Premiado com cinco Oscars, incluindo Melhor Filme, A Noviça Rebelde superou E o Vento Levou em bilheteria e permanece até hoje como um clássico cultural, lembrado por sua mensagem de amor, liberdade e otimismo.


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sábado, 27 de setembro de 2025

Jornal Tribuna - 07 10 2025 VICTOR BRECHERET – UM GRANDE ARTISTA

 

Ouça o áudio para a Educa Web Radio em  em https://soundcloud.com/elisabete-bretenitz/victor-brecheret


O escultor Victor Brecheret nasceu na Itália em 1894. Órfão de mãe, foi criado por tios maternos, com os quais imigrou para o Brasil aos 9 anos de idade, indo morar na rua Jaguaribe, em São Paulo.

Como era comum na época, começou a trabalhar cedo, como vendedor em uma loja de calçados. O garoto não parecia se interessar por estudos, mas passava horas brincando com barro e modelando figuras.

Em 1912 iniciou seus estudos na área artística, e sem parar de trabalhar, tornou-se aluno do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde seu nome original, Vittorio, foi alterado para Victor. 

Por incentivo dos professores do Liceu, voltou à Itália em 1913 para estudar escultura em Roma, onde abriu seu primeiro ateliê. Também viveu e estudou em Paris durante 5 anos.

Ao retornar a São Paulo, em 1926, montou seu ateliê na Rua Oscar Freire, mantendo, porém, um ateliê na capital francesa, para onde viajava com alguma frequência; esse ateliê foi desativado em 1936

Considerava-se brasileiro, tendo produzido inúmeras obras marcantes, como o Monumento às Bandeiras, situado à entrada do Parque do Ibirapuera, O Fauno, que está no Trianon, As Graças, na Galeria Prestes Maia, Depois do Banho, no Largo do Arouche e o monumento ao Duque de Caxias, que está na praça Princesa Isabel.

Produziu também obras baseadas em temas indígenas e religiosos, entre elas diversas imagens de São Francisco. 

Foi também amigo de artistas como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia.

Brecheret frequentava a fazenda do renomado cirurgião Hugo Ribeiro de Almeida, em Jundiaí. Numa certa noite de inverno, reunido ali com um grupo de amigos ao redor da lareira, tomou um carvão e com ele desenhou, em uma das paredes da sala, uma Fuga da Sagrada Família para o Egito, que até hoje é mantida pelo filho do Dr. Hugo, o Professor Martinho Ribeiro de Almeida, da FEA/USP.

Brecheret faleceu em S. Paulo em 1955.

Texto publicado pelo Jornal Tribuna, disponível em: https://jornaltribuna.com.br/2025/10/victor-brecheret-um-grande-artista-2/

sábado, 20 de setembro de 2025

POSSE NA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES DE JUNDIAÍ

No dia 20 de setembro, na Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot,  tive a honra de ser empossada como membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí (AFLAJ), ao lado de Mônica Camargo Cruvinel Cavalari, Renata Machado Leal Rodrigues e Renata Iacovino.

A cerimônia foi conduzida com maestria pela Presidente Valéria de Macedo Rocha Gomes e teve como cerimonialista a acadêmica Elza Francisca de Carvalho. 

A partir de agora, nossas cadeiras e respectivas patronas estão assim definidas:

. Mônica - cadeira nº 10, patrona Dirce Nunes Kablukow, poetisa, cronista e oradora.

. Elisabete - cadeira nº 11, patrona Luiza Mathion, violinista.

. Renata Leal - cadeira nº 20, patrona Maria Cândida Giacomelli Stel, pintora, professora de Artes e bailarina.

. Renata Iacovino - cadeira nº 32, patrona Melânia Fortarel Barbosa, professora e violinista.

A solenidade contou com um emocionante Momento Musical apresentado por Bel Rebello, interpretando Chiquinha Gonzaga, seguido da execução do Hino da AFLAJ.

Em seguida, tivemos a exibição do filme “A Senhora”, com roteiro de Persília Aparecida Mattenhauer Pancotto e atuação das atrizes Júlia Fernandez Heimann, Marilzes Petroni e Valéria. 

O encontro foi encerrado com a tradicional foto das confreiras, registrando a alegria e a união que marcaram este dia tão especial. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

EE PROFESSORA JOCENY VILLELA CURADO - SEMANA ESTADUAL DO LIVRO E DE INCENTIVO À LEITURA E À ESCRITA

Em celebração à Semana Estadual do Livro e de Incentivo à Leitura e à Escrita, instituída pela Lei nº 18.179, de 21 de agosto de 2025, tivemos a alegria de participar das atividades promovidas pela Escola Estadual Joceny Villela Curado, junto aos alunos do Ensino Médio.

Para nós, foi uma experiência enriquecedora, pois buscamos aproximar o universo da leitura e da escrita do cenário digital, mostrando que a tecnologia pode ser uma grande aliada nesse processo.

Durante a roda de conversa, compartilhamos nossas vivências: eu, Elisabete, vinda da área de Letras, e meu marido, Vivaldo, da área de Tecnologia da Informação, procuramos mostrar como a criação de blogs pode se tornar um espaço de pesquisa, reflexão e produção textual.

Ao longo do encontro, incentivamos os estudantes a criarem seus próprios blogs, nos quais pudessem publicar seus trabalhos após realizar pesquisas sobre os temas escolhidos.

Percebemos que muitos deles compreenderam que a internet, quando usada de forma estratégica, pode potencializar a aprendizagem, valorizar a escrita e abrir caminhos para novas descobertas, inclusive em termos de escolha de profissão.

Participar dessa Semana foi, para nós, uma oportunidade de enfatizar que a leitura e a escrita são pontes que conectam saberes, ampliam horizontes e se renovam a cada geração. 

Essa foi mais uma atividade do Rotary Club de Jundiaí, referente ao mes de setembro, dedicado pelo Rotary à  Educação.

Abaixo, os slides de abertura e  encerramento da apresentação. 




domingo, 7 de setembro de 2025

MINÂNCORA: O CLÁSSICO QUE CUIDA DA PELE HÁ MAIS DE UM SÉCULO

Ouça em https://youtu.be/HwN5EtWL0P8?si=GLpXZHX7IFl6u0XY 
 o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


Quem teve, em algum canto da casa, a tradicional latinha laranja? Firme, discreta e atemporal, ela atravessou gerações como símbolo de cuidado, carinho e confiança.

Desde 1915, a Pomada Minâncora não é apenas um produto: é memória afetiva, é a lembrança da infância e da sabedoria dos mais velhos. 

Um gesto de cuidado que se transmite de geração em geração, sempre pronto a proteger e restaurar o bem-estar da pele.

As pequenas surpresas do dia a dia sempre encontraram nela um alívio seguro: espinhas que apareciam de repente, frieiras incômodas nos dias quentes, picadas de insetos em passeios ao ar livre, cortes superficiais ou mesmo as marcas do pós-barba. 

Em cada detalhe, Minâncora estava e ainda está lá, oferecendo conforto imediato.

E como se não bastasse, ela guarda um segredo valioso: sua ação contra odores indesejados: axilas e pés agradecem, livres daquelas situações desconfortáveis, com frescor e confiança ao longo do dia.

Mais de 100 anos se passaram, mas a fórmula segue fiel à sua essência: a combinação de óxido de zinco, cânfora e cloreto de benzalcônio, ingredientes que unem tradição e ciência em um cuidado completo para a pele.

Testada, aprovada e querida por gerações, Minâncora é o clássico que nunca sai de moda.

Simples de usar, prática e versátil, basta aplicar uma fina camada para sentir seus benefícios. Pequenos gestos que se tornam grandes aliados no dia a dia.

Minâncora é mais do que um produto: é um vínculo de confiança que une passado, presente e futuro. 

Um cuidado que atravessa o tempo, sempre presente quando a pele pede atenção — e quando o coração pede boas lembranças.

Encerrando, vale lembrar um pouco de sua história: sua fórmula foi desenvolvida no Brasil, quando o farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves começou sua fabricação caseira, batizando a pomada de Minâncora. 

Tratava-se da junção dos nomes Minerva, deusa romana da sabedoria, e âncora, palavra cujo sentido remetia a permanência definitiva do seu criador no Brasil.

E para os saudosistas, uma tristeza: a embalagem não é mais de metal, e sim, de plástico...


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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

JE REVIENS - A ESSÊNCIA DO ROMANÇE EM UM FRASCO

Ouça em https://youtu.be/5eMKoh7LqnA?si=czq1-x8c6OJJQWPU o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir:


Criado em 1932 pela Worth, o perfume Je Reviens continua sendo um ícone de elegância e romance.

Mais do que uma simples fragrância, ele é uma viagem olfativa que evoca a nostalgia de uma era de glamour.

Classificado como um perfume floral de luxo, sua composição sutil e complexa o torna uma escolha sofisticada para ocasiões especiais.

O segredo de sua atemporalidade reside na harmoniosa mistura de notas que, juntas, criam uma sinfonia de aromas.

As notas de topo de florais verdes e flor de laranjeira abrem a fragrância com um toque fresco e luminoso, convidando a uma experiência delicada.

Em seu coração, a presença de rosa e violeta adiciona uma profundidade romântica e aveludada, enquanto o limão contribui com um frescor cítrico inesperado.

Por fim, o almíscar no fundo do perfume proporciona uma base suave e sensual que perdura na pele, deixando uma impressão duradoura.

O nome "Je Reviens" significa "Eu voltarei" em francês e carrega um peso emocional que reflete perfeitamente a sua essência.

Ele é um perfume que sugere um retorno, uma lembrança que permanece viva e um convite para reacender a chama de um romance.

Je Reviens é a fragrância ideal para um encontro à luz de velas, um jantar especial ou qualquer momento em que você deseje se sentir envolta em uma aura de amor e sofisticação.

Se você busca uma fragrância com história, elegância e um toque de mistério, Je Reviens é a escolha perfeita.

Ele não é apenas um perfume, é uma declaração de estilo e uma celebração da feminilidade clássica.


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