domingo, 28 de abril de 2024

ADONIRAN BARBOSA, INESQUECÍVEL

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Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, foi um dos mais importantes compositores e intérpretes da música popular brasileira.

Nasceu em Valinhos em 1910, viveu algum tempo em Jundiaí, e faleceu em 1982.

Sua obra é marcada pela valorização do universo urbano e das camadas populares, especialmente da cidade de São Paulo.

Filho de imigrantes italianos, desde jovem mostrou interesse pela música e pelo teatro. Porém, foi apenas na década de 1930 que começou a ganhar reconhecimento como artista, principalmente como compositor e intérprete de sambas.

Sua carreira artística floresceu nas décadas seguintes, especialmente nas rádios e nos palcos de São Paulo.

Adoniran se destacava não apenas por sua voz peculiar, marcada por um sotaque característico da capital paulista, mas também por suas músicas com letras bem-humoradas, nas quais eram abordados temas como o trabalho árduo, o cotidiano, as dificuldades financeiras e aquelas enfrentadas pelos trabalhadores urbanos, os amores perdidos além da vida nos bairros populares da cidade.

Adoniran Barbosa alcançou grande sucesso com composições como "Saudosa Maloca", "Trem das Onze" e "Samba do Arnesto", entre outras, que se tornaram clássicos da música brasileira.

Sua habilidade em capturar a essência da vida simples e popular fez dele um ícone da cultura paulistana e brasileira.

Sua música mais conhecida, "Trem das Onze", tornou-se um hino não oficial da cidade de São Paulo, retratando as agruras de um rapaz que precisa voltar para casa antes das onze da noite para não enfrentar a ira da mãe.

Além de compositor, Adoniran também foi um talentoso ator, participando de filmes e programas de rádio e televisão.

Deixou um legado importante para a cultura brasileira, influenciando gerações de músicos e compositores.

Entretanto, apesar de sua fama, a vida pessoal de Adoniran foi marcada por dificuldades. Problemas financeiros e de saúde o acompanharam ao longo dos anos.

Em 1982, aos 72 anos de idade, Adoniran Barbosa faleceu em São Paulo, vítima de complicações decorrentes de problemas cardíacos.

A morte de Adoniran foi um momento de luto para o Brasil, especialmente para os amantes da música popular.

Seu legado, entretanto, perdura até os dias de hoje. Suas composições continuam a ser celebradas e interpretadas por artistas de diversas gerações, e sua influência na cultura brasileira é inegável.

Sem dúvida, foi um dos maiores talentos que o país já produziu.

PADRE LANDELL - UM HERÓI BRASILEIRO

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O Padre jesuíta, Roberto Landell de Moura, um nome muitas vezes esquecido nas páginas da história, mas cujas contribuições revolucionaram o mundo das comunicações, nasceu em 1861, em Porto Alegre.

Sua mente inquisitiva e determinação o levaram a explorar o campo das transmissões sem fio, muito antes do advento das modernas telecomunicações.

No ano de 1900, o Jornal do Commercio relatava que Landell realizou um feito notável ao conduzir as primeiras transmissões de voz através do rádio.

Suas experimentações e inovações superaram em alguns anos as realizações do renomado inventor italiano Guglielmo Marconi.

Essas transmissões pioneiras marcaram o início de uma nova era na comunicação humana, abrindo caminho para o desenvolvimento da rádio e das comunicações sem fio como as conhecemos hoje.

Marconi encontrou na Europa uma cultura favorável à inovação científico/tecnológica, mas Pe. Landell não teve o mesmo apoio por aqui; por essa razão permaneceu por alguns anos nos Estados Unidos, onde patenteou e aperfeiçoou seus inventos.

Na sua volta ao Brasil, a nossa Marinha passou a utilizar esses inventos a bordo de seus navios.

O Pe. Landell também realizou pesquisas objetivando a transmissão de imagens, sendo por essa razão considerado um dos precursores da televisão.

Antes de morrer foi elevado pelo Vaticano a Monsenhor e nomeado Arcediago, sendo estas justas homenagens por seu trabalho como sacerdote e cientista. Também o Exército o homenageou, dando seu nome ao Centro de Telemática localizado em Porto Alegre.

O legado de Padre Landell de Moura vive não apenas nas tecnologias que utilizamos diariamente, mas também na inspiração que sua história proporciona.

Sua coragem, determinação e visão são um testemunho da capacidade humana de superar obstáculos e moldar o futuro.

Que sua história continue a inspirar futuras gerações a buscar o conhecimento, explorar novas fronteiras e deixar sua marca no mundo.

domingo, 14 de abril de 2024

ANITA MALFATTI - UMA GRANDE ARTISTA BRASILEIRA

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Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, em 1889. Pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora, foi uma das pioneiras do Modernismo.

Era portadora de uma deficiência: nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. O tratamento médico não teve êxito, e ela pintava com a mão esquerda.

Estudou no então Mackezie College, onde se formou e mais tarde foi professora.

Iniciou seus estudos artísticos com sua mãe, que também era pintora. Em 1910 foi para a Alemanha cursar a Academia Imperial de Belas Artes.

Retornou ao Brasil em 1914, e fez sua primeira exposição individual. Em seguida, foi estudar nos Estados Unidos.

Ao voltar, em 1917 realizou outra exposição individual, que reuniu 53 de suas obras com forte tendência expressionista – elas foram tidas como revolucionárias, sendo consideradas raízes do Modernismo Brasileiro, movimento que viria reunir diversos artistas nacionais na Semana de Arte Moderna, em 1922.

Em 1923 ganhou uma bolsa para estudar em Paris; seguiu produzindo, sempre com sucesso, e em 1951, participou da primeira Bienal de Artes de São Paulo.

Entre suas obras mais conhecidas estão “O farol”, " A Boba, " O Homem Amarelo " e " A Estudante Russa!"; naa maioria de suas obras, Anita Malfatti utilizou cores puras e vibrantes para expressar temas do cotidiano.

Anita Catarina Malfatti nos deixou em 1964.

DONA VERIDIANA - UMA MULHER À FRENTE DE SEU TEMPO

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Valéria da Silva Prado foi uma figura marcante na história de São Paulo, nascida em 1825 e falecida em 1910.

Casou-se aos 13 anos com seu tio, Martinho da Silva Prado, uma união que visava proteger o patrimônio da família.

Durante os primeiros anos de casamento, ajudou Martinho a administrar a Fazenda Campo Alto, em Mogi Mirim, contribuindo significativamente para o sucesso dos negócios do marido.

Mas não foi um casamento feliz, culminando com a separação em 1878, um evento escandaloso para a elite paulista da época.

Apesar disso, Veridiana continuou a viver uma vida muito ativa, demonstrando sua independência e determinação. Era uma mulher culta, fluente em francês e com conhecimentos de italiano.

Mesmo sendo monarquista em uma época de transição para a República, foi uma defensora da libertação dos escravos, tendo presidido a Sociedade Redentora, que trabalhava pela libertação dos escravos. Promovia também eventos beneficentes e culturais em sua propriedade.

Em 1879 Veridiana adquiriu o terreno onde veio a construir seu palacete, em estilo francês, com material totalmente importado da Europa, ocupando o quadrilátero formado pelas Avenidas Higienópolis e Angélica e ruas Dona Veridiana e Martinico Prado – Martinico era seu filho.

A construção foi finalizada em 1884 e hoje o palacete é a sede do Iate Clube de Santos – é uma edificação magnificamente conservada, com 5 mil metros quadrados de jardins.

Em 1891, chocou as senhoras da sociedade paulista ao não cumprir o período de luto que se esperava após a morte de seu ex-marido, Martinho Prado, ao organizar um leilão beneficente no qual vendeu pessoalmente uvas cultivadas em sua chácara para ajudar os pobres.

Seu legado perdura até os dias atuais, com o palacete tendo sido tombado como patrimônio histórico em 2006. Fotos atuais do palacete, podem ser vistas em  em https://www.descubrasampa.com.br/2022/07/palacete-dona-veridiana-iate-clube-de.html

A rua em que residia, antigamente chamada Santa Cecilia, agora é chamada Dona Veridiana – uma justa homenagem, refletindo sua importância para a história de São Paulo.

OSCAR NIEMEYER - UM DOS MAIS RENOMADOS ARQUITETOS DO SÉCULO XX

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Oscar Niemeyer, nascido em 1907 no Rio de Janeiro, foi um dos mais renomados arquitetos do século XX.

Sua obra é marcada por um estilo único, que incorpora formas sinuosas desafiando as linhas retas tradicionais.

Formado pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1934, Niemeyer trabalhou em parceria com o renomado urbanista Lúcio Costa, com quem desenvolveu projetos icônicos, como o Plano Piloto de Brasília.

Sua contribuição para a criação da capital brasileira, inaugurada em 1960, é um dos pontos altos de sua carreira.

Ao longo de sua vida, Niemeyer criou uma ampla variedade de edifícios, incluindo museus, igrejas, prédios públicos e residenciais. Entre suas obras mais famosas estão o Palácio do Planalto e a Catedral de Brasília, ambos em Brasília, e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte.

Além de suas contribuições para a arquitetura brasileira, Niemeyer também deixou sua marca em outros projetos, como o Edifício Copan em São Paulo e o complexo das Nações Unidas em Nova York.

Sua obra foi reconhecida com diversos prêmios ao longo de sua vida, incluindo o Prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura, em 1988.

Oscar Niemeyer faleceu em 2012, aos 104 anos, deixando um legado duradouro e influente na arquitetura mundial, com suas obras continuando a inspirar arquitetos e admiradores ao redor do mundo.