domingo, 7 de fevereiro de 2021

INGLÊS SERÁ INCLUÍDO NO PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES (PISA)



O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), tradução de Programme for International Student Assessment, é um estudo comparativo internacional realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE.

Os resultados originam o relatório PISA, que ajuda os países a melhorar as suas políticas educacionais e os resultados escolares.

Na última edição, cujos resultados foram divulgados em dezembro de 2019, o Brasil figurou em 57º lugar dentre as nações do mundo – duas posições acima do resultado de 2015.

Dentre os resultados, temos, por exemplo, a Finlândia que caiu de posição depois que reduziu a importância das avaliações, para priorizar outras habilidades. O Qatar tem PIB per capita de país desenvolvido, mas baixo desempenho no PISA possivelmente por conta da alta desigualdade social. Já a Nova Zelândia, após uma forte queda, implantou programas para reduzir a desigualdade educacional.

Com as exigências cada vez maiores de uma educação internacional e a formação de cidadãos globais, a novidade é que em 2025 as competências em línguas estrangeiras integrarão o relatório por meio de provas que serão desenvolvidas por Cambridge Assessment English para a OCDE para que seja possível a comparação dos níveis de inglês em escolas de todo o mundo, assim como o acompanhamento do progresso e a identificação de melhores práticas do ensino e aprendizagem de idiomas.

Esse é um momento desafiador para o Brasil, mas também uma possibilidade de transformação, pois no mundo de hoje é importante poder se comunicar em mais do que uma língua. A aprendizagem de outros idiomas é uma ferramenta poderosa para facilitar a cooperação global e a compreensão intercultural e para descobrir formas novas e inovadoras de se pensar e trabalhar.

Muitos governos têm colocado uma ênfase crescente no ensino de línguas estrangeiras. Alguns pais já reconhecem a importância do inglês na construção de um melhor futuro para as crianças e as escolas passaram a procurar conhecer mais os benefícios dos métodos bilíngues ou mesmo dos programas estruturados de línguas. Instituições de ensino superior despertaram para a possibilidade da internacionalização.

Entretanto, ainda é restrita a oferta e o acesso a currículos e propostas mais inovadoras, que colocam os alunos em um papel de protagonistas no desenvolvimento de habilidade e competências para que se preparem para construir um novo mundo.

Ao comparar o ranking atual do PISA é fácil visualizar que os países que investem seus recursos de forma mais inteligente no segmento e que capacitam e valorizam a figura do professores desempenham muito melhor.

Nesse quesito, a Ásia é destaque: China, Singapura, Macau e Hong Kong conquistaram as quatro primeiras posições em 2018.

Todo esse contexto nos ensina algo enquanto nação. Para o nosso crescimento precisamos ampliar a discussão de qualidade de educação, nos conectar com esse propósito do novo mundo, encontrar soluções que dêem suporte para se preparar para as necessidades latentes e planejar a mudança de uma realidade que herdamos de décadas passadas.

Aconteceram alterações na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), quando  o inglês passou a ser obrigatório nas escolas brasileiras.

Agora, que já temos o norte, precisamos rumar não apenas para a conquista de melhores posições no PISA, mas sim para os efeitos de progresso que isso gera aos cidadãos.