quarta-feira, 25 de outubro de 2023

RUA BARÃO DE ITAPETININGA - FOI UMA DAS RUAS MAIS CHIQUES DE SÃO PAULO

 



Ouça em https://soundcloud.com/elisabete-bretenitz/rua-barao-de-itapetininga o áudio produzido para a Educa Web Radio, cujo texto está a seguir.

A programação completa da rádio está em https://www.educawebradio.com.br/

A Rua Barão de Itapetininga, que liga a Praça Ramos de Azevedo, onde fica o Teatro Municipal à Praça da República, foi uma das mais chiques do centro de São Paulo, tendo sido inaugurada em 1875.

Seu comércio era muito sofisticado, reunindo estabelecimentos como a Confeitaria Fasano , a Peleteria Americana - depois Maison Madame Rosita, um ateliê de alta costura, a Prelude Modas, a Loja Sútoris, as casas Slopper e Los Angeles, a joalheria Loeb e a Casa Levy de pianos, sempre com um pianista a postos para demonstrar seus produtos. Ficava ali também o sofisticado salão do cabeleireiro Antoine.

No número 262 da Barão de Itapetininga fica o Edifício Paz, construído em 1913 com quatro andares.

Nele, um lindo elevador de portas pantográficas, com detalhes em latão polido, levava ao primeiro andar, onde ficava a Confeitaria Vienense.

Ali, no mais fino estilo art decô, ao som de um piano acompanhado por violinos, podia-se saborear um dos melhores café com leite e torradas de São Paulo, além de doces magníficos. A casa atraía a elite paulistana, que costumava passar por lá após as compras.

Na Vienense, que sobreviveu até o início dos anos 1970, podia-se também almoçar.

Nos andares superiores, o curso de dança e etiqueta de Madame Poças Leitão, ícone da elite paulistana do século XX e o escritório do poeta escritor e jornalista Guilherme de Almeida, onde se reuniam intelectuais, artistas e políticos.

É triste ver a situação atual de uma rua como essa: entregue aos camelôs e ao comércio popularesco.